quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Ano Novo e Música Boa!















Mais uma quinta-feira e desta vez, véspera de ano novo. Pessoas comemoram com seus familiares, alguns viajam, cada um dentro de suas realidades e posses. Alguns fazem os costumeiros “rituais” de fim de ano, pular sete ondas, comer lentilha, comer caroço de romã e por aí se vai. O importante acima de tudo é estar vibrando positivamente, para atrair coisas boas pro ano que se inicia nesta meia noite. 2010, o que esperar dele? O quê se espera de todos os anos: paz, saúde, prosperidade. E é isso que eu desejo a todos vocês que nos acompanham em nossos posts diários aqui nos Letreiros. Queria deixar aqui meus votos de feliz ano novo também às minhas colegas de trabalho: Cris, Carol, Joana e Mayra. E que nesse novo ano arrebanhemos mais Letreiros para essa trupe de loucos, mas, que amam o que fazem, escrever! Feliz ano novo a todos!

Comemorações a parte, para não perder o costume, queria deixar aqui uma dica musical. Mais uma vez “youtubando” assisti o vídeo de uma moça, que há muito não me recordava dela, ela se chama Vanessa Mae ( nome artístico de Chen Mei Vanakom), uma violinista meio chinesa, meio tailandesa, que teve sua criação em Londres no Reino Unido. Mae, toca piano desde os três anos de idade e violino ( que é sua marca), desde os cinco. Desde criança ela fazia varias aparições em shows na tv britânica. Na adolescência ela já mudou radicalmente seu visual e começou a flertar com a música pop, o que a tornou ainda mais famosa. A crítica erudita e elitista sempre criticou Vanesa, afirmando que ela é uma musicista mediana e que se utilizou de seu “sex appeal” para ganhar fama e vender discos.

Eu a acho simplesmente fantástica e a redescobri por acaso ( para minha sorte). Estava assistindo um vídeo onde um rapaz tocava: Tocatta e Fuga em ré menor, de Bach, em um órgão de tubo dentro de uma igreja. E nos vídeos relacionados não é que estava lá a Vanessa Mae tocando isso no violino com a filarmônica de Berlim! Imaginava impossível alguém tocar essa peça no violino, pela rapidez de certos trechos. Bom, fica a dica pra vocês e abaixo seguem os links.

Mais uma vez, Feliz 2010 para todos! Obrigado!

Vinicius Fuscaldy



fonte foto : Chinadaily


Vídeos:

Vanessa-Mae plays Toccata & Fugue


Toccata & Fugue in d minor (BACH, J.S.)







terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Chuva, Tédio, Feliz Ano Novo...


"Chuva caindo

Fumaça subindo

Café, meias e moletom.

Um estímulo mental

E logo encontro o tom.

O verso perfeito

Descreve a ação

Quando tudo parece

Não ter reação

Procuro dentro de mim

O ponto principal

Que me livre desse tédio mental

Tédio total

fatal..."



Caros colegas, eu sinceramente gostaria de ter postado algo relacionado ao final de ano, reveillon, etc. Mas enganaria vocês e a mim mesma. Talvez porque essas datas pra mim signifiquem apenas calendário novo e tempo correndo, o que é mais do que normal. Pessimismo? Talvez. Como diria Cazuza “faz parte do meu show”, ou melhor, da minha pessoa. Mas com esforço gostaria de acreditar e acima de tudo desejar que o ano de vocês se inicie com luz, paz, harmonia e amor. Tenhamos juízo e compaixão diante de tantas catástrofes que estamos vivenciando. Deixemos de lado a hipocrisia e agiremos sempre em busca do melhor para nós e para o próximo. (Não me decepcionem! rsrs)


Grande Abraço e até o ano que vem!

Foto: populo.weblog

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009


Boa Noite! No percurso da vida, há tantos momentos de decisões... e indecisões! Mas, acredito que o mais esperado é esse: Dádiva ou Dúvida? Dádiva de amar... ou permanecer na Dúvida de quem é a pessoa certa, e se é? Particularmente, fazer essa escolha sempre foi muito difícil para mim, portanto, até hoje permaneço na dúvida rsrs Mas ter dúvida não é bom, causa medo e o medo é uma barreira que impede nossos olhos de enxergarem as coisas belas e os momentos oportunos da vida... Bem, que todos os leitores não façam como eu, mas decidam a Dádiva de serem felizes! Feliz Ano Novo a todos... até a próxima semana.


Portal de Emoções


Desde o início temos medo de abrir as portas da emoção. Possuimos a chave-mestra nas mãos, no entanto, só a queremos entregar ao único - ou à única - de nossas vidas. Pois, uma vez entregue, já não haverá mais fechaduras nas portas.

É tão difícil permitir-se vivenciar o mais belo perfeito sentimento? É complicado assim? Usamos o tempo - ou a ausência dele - como desculpa para fugir da complexa decisão que mudará nossos destinos dali pra frente. Quebrar a rotina é inevitável; mudar os hábitos, comportamentos e, até mesmo, o raciocínio, também ocorre. Estamos preparados para isso? Na maioria das vezes, não!

Como, então, lidar com essa nova tarefa atribuída a nós? Nós, que nunca experimentamos o sabor de ser a metade faltante; nós, que tememos o fim amargo da suposta doçura denominada "amor"; nós, que nos julgávamos incapazes de retribuir um gesto sincero sem pedir algo em troca; nós, que jamais seríamos os eleitos ao romance recíproco de uma história.

Contudo, acontece conosco. E, quando acontece, tornamo-nos apavorados diante da imensidão deste sentimento e da proporção com a qual se manifesta, tomando nossos corações aos poucos, cada vez mais intensamente. Não sabemos como agir: se rimos à toa, se choramos como bobos! Ao mesmo tempo em que somos felizes, sentimo-nos tristes e amedrontados por, talvez, não mais sermos os mesmos d'outrora: fiéis amantes da solidão.

Assim ele vem: como luz destruindo a escuridão de nossas vidas; como sal para dar sabor às nossas almas insípidas; como chuva que faz brotar uma rosa em nossos corações estéreis; como si mesmo: o maior de todos os dons - Amor -, o qual derriba paredes de antigos traumas, supera todo e qualquer entendimento e, no peito, faz morada eterna.

Não há receita ou manual para entendê-lo ou aprender a senti-lo, pois vem sem aviso prévio... mas bate às portas pedindo para entrar. Inexistem motivos para termos receio de abrir este "Portal de Emoções", mas temos. Tememos o sofrimento, a perda repentina e a dor que isso pode nos causar. Dor, esta, semelhante um cruel abismo, escura, profuda e infinda...

O que fazer? Arriscar à felicidade ou permanecer inerte, insensível, indiferente? Ceder ao comodismo ou crescer a qualquer preço? Nunca sabemos responder a nós mesmos. Entretanto, o tempo nos obriga a optar por um caminho... Qual escolheremos?


M. F. Gomes


*escrito em 12 de agosto de 2009.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Lágrimas de Dragão [episódio 1]



Domingo, aquele da preguiça de natal. Mas nós Os Letreiros não tiramos folga não. Hoje inicia-se a publicação dos micro episódios da novela que postei o prólogo semana passada. Continuem acompanhando e dando o feedback.

Vincius Fuscaldy









Lágrimas de Dragão [episódio 1]



Naquela manhã Josh acordou assustado, como a muito vinha acontecendo. Há meses ele tinha pesadelos estranhos, com tragédias, vulcões e dragões. Ele se levanta e recorre ao banho, para variar já estava atrasado para o trabalho. Seu corpo estava quente, mas, não era febre que lhe consumia. Foi ao médico e parecia estar tudo em ordem com sua saúde. Além da “febre” contínua, era acometido por fortes dores nas juntas, na cabeça e ardor na língua. Tinha a consciência de que não estava bem ao contrário do que os médicos lhe diziam.
Josh era um rapaz de vinte e seis anos, nascido no ano do dragão no horóscopo chinês e aquele ano também era o ano do dragão. Lecionava História em uma escola público no bairro onde morava. Além disso, escrevia contos de fantasia pra uma revista bimestral. Tocava violino casualmente com amigos. E não gostava de ir a igreja aos domingos.
Ele pega o carro correndo e vai para a escola. Era final de semestre e hoje antes de sua primeira aula, haveria uma reunião dos professores, sobre mudanças no plano de ensino.
Para variar a reunião foi tediosa, prestou atenção em quase nada do que foi dito, mas, concordou com tudo sem questionamentos. A única coisa mais relevante da reunião foi a oportunidade de sentar ao lado da professora de língua inglesa Agatha, mas que também não serviu de muita coisa, pois os dois para variar não trocaram se quer uma palavra.
O dia segue normal, sem mais eventos interessantes, como é cotidianamente. Ele volta para casa, para seus livros, seu computador e seu cão Spartacus. E para mais uma noite de febre, dores e pesadelos.


Continua...


fonte foto: Gastão Souza Ferreira Blog

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Natal: Amigo secreto e Coca-Cola





Todos os anos, quando se aproxima a época do Natal, se inicia a febre do “amigo secreto” em todos os lugares: família, empresa, escola, amigos... Ninguém está livre, e aqueles que se recusam a participar em geral são chamados de chatos e anti-sociais. Bem, eu como qualquer mortal não consigo ficar de fora da brincadeira, e acho até divertida. Todo mundo se confraternizando e tal, trocando presentes, trocando elogios (tá, nem sempre sinceros, mas q daí?) e aquele clima de festa que todos nós adoramos. E quem nunca se deu mal numa brincadeira dessas que atire a primeira pedra. Eu mesmo, já passei por situações embaraçosas e já presenciei outras tantas com outras pessoas. Já ganhei presentes adoráveis e outros nem tanto. Uma pessoa muito querida minha participou da brincadeira esse ano e não recebeu presente nenhum, simplesmente por que o amigo não comprou nada, e isso é uma baita falta de consideração. Na revelação do amigo da família esse ano houve um momento muito engraçado: uma pessoa deu o presente e se esqueceu de tirar a etiqueta com o preço, e o povo não perdoou, caiu em cima e fez aquela bagunça, principalmente porque o presente tinha sido muito barato, acho que o mais barato de todos. Enfim, a noite de Natal para mim tem que ter o amigo secreto, se não, não está completa. Este ano estou inovando e pela primeira vez participo de um amigo secreto virtual, o “Amigo Poético” que rola no Blog de 7 cabeças. Vamos ver o que rola.

Outra coisa importante pra mim no Natal são os comerciais de televisão. A cada ano os publicitários buscam inovar e se superar para chamar a atenção dos consumidores para determinado produto. Alguns ficam realmente muito bons e acabam encantando quem os vê. Na minha infância uma das coisas mais aguardadas dessa época eram os comerciais da Coca-Cola, com seus caminhões iluminados e os ursos polares que só existiam em nossa imaginação, já que no Brasil o Natal acontece em pleno verão, e todas as crianças ficam vendo aquelas imagens do inverno nos países “do lado de cima do Equador” com muita neve e muito frio. Por conta do capitalismo, acabou-se convencionando que o Natal tem a ver com neve, e isso para nós brasileiros é impraticável. Ontem a noite minha sobrinha de 3 anos perguntou para minha mãe: “- Natal é neve, né vovó?”

Voltando aos comerciais, os da Coca-Cola para mim são inesquecíveis, são uma parte de meu Natal. Por isso, coloco aqui o link para um dos meus preferidos, para que todos possam se contagiar pela magia do Natal.

Também vi um comercial muito bonitinho, que não tem nada a ver com a Coca, mas que também traz esse espírito de renovação que vem com essa época do ano, aquela sensação de que no ano que vem tudo será melhor e poderemos realizar todos os sonhos. Isso sem falar da música, perfeita. Assista aqui

No Youtube encontrei um vídeo sobre aquela história de que a Coca-Cola inventou o Papai Noel, e a explicação é totalmente aceitável, Aqui.

Na verdade eu não queria cair no lugar comum e escrever sobre o Natal, mas acabei cedendo e me deixando levar pelo clima. Afinal, nesse dia, o que mais eu poderia escrever?

Para finalizar, meus votos de felicidade e prosperidade à todos! É isso.



PS1: Xuxa, Simone, Roberto Carlos... quem agüenta? (acho que não tem mais trema,ou tem?)

PS2: dia 25 de dezembro, um dos dias mais inúteis do ano... nada pra fazer... comida de ontem... preguiça...





O livro da autora inglesa Betty Bib nos apresenta o mundo encantado das fadas que trabalham na preparação da festa de Natal. Traz receitas, dicas para fazer enfeites e jogos interativos.

O Livro das Fadas de Natal - Um Belo Passeio Pela Época Mais Festiva do Ano
Autor: Betty Bib
Editora: Publifolha
Edição: 1a. edição, 2006




foto: www.chewing.com.br/

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal e Família Nos Dias de Hoje


Quinta feira, e já espero que vire um costume de vocês aguardarem por meus posts aqui! Além de ser quinta é também véspera de natal. Gostaria de compartilhar aqui alguns questionamentos acerca desta data e de coisas que ela nos remete.

Sempre que penso em natal, lembro-me da casa de minha falecida avó Adalcy, em Villar dos Telles, na baixada fluminense do Rio de Janeiro. Nos reuníamos na varanda dela, todos os tios e primos juntos. Família, é o que me lembra. Era mais do que a troca de presentes, mais do que comermos em mesa farta (de acordo com as posses de cada um), mas na verdade era só uma desculpa para estarmos juntos. Estar com quem amamos, termos tempo para dizer e demonstrar o quanto gostamos delas, é isso que importa.

Minha avó faleceu em outubro deste ano com 80 anos de idade. Não tive a chance de dar um último beijo nela, nem cheguei a dizer o quanto a amava. Ai seu o tempo voltasse! Mas, eu estava trabalhando, estudando, e atropelado na rotina, construindo meu futuro. E acabei esquecendo que tenho um passado, com pessoas que amo e que são meu alicerce de caráter e direcionamento de vida. Não pude ir nem ao enterro também, por conta de compromissos “mais importantes”.

Gostaria que vocês hoje, refletissem sobre isso. Quanto tempo dedicamos a quem julgamos importantes na nossa vida? Quantas vezes dizemos eu te amo, para nossas mães, pais, filhos, irmãos, esposas, namoradas? Um dia podem se sentir como eu, impotentes, sem chance de dar um simples adeus a alguém que amam.

Por isso eu faço um apelo, não tenham vergonha de amar,nunca. E não tenham vergonha de expressar esse amor.

Na verdade foi um desabafo, mas, com essa experiência gostaria de tocar o coração de todos que lerem esta matéria. Amem, sempre, sem reservas.

Um feliz natal a todos.



P.S: Esse é nosso primeiro natal sem ela :o(




fonte foto: Blog Canção Nova

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sobre coisas do amor...

Hello everybody! Como a Carol não pode postar nada hoje, ela me pediu para cobrir seu dia, e eu, como boa amiga que sou, estou aqui. Carol, não se preocupe, vou tentar representá-la bem. E para isso vou comentar sobre um tema já muito batido (e como!): o amor, mas de uma maneira diferente. Para começar o assunto segue um poema maravilhoso de Fernando Pessoa:


Todas as cartas de amor...Fernando Pessoa
(Poesias de Álvaro de Campos)

"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)"

 
Aproveitando essas palavras devo dizer que não só as cartas de amor são ridículas, como as músicas de amor também o são. Ih, lá vem o papo de música de novo! É que não tem jeito, tive que fazer um paralelo entre cartas e músicas e poesia... Voltando às músicas românticas, admito que elas têm um quê de ridículas sim, mas isso não quer dizer que não sejam boas, pelo contrário, são ótimas, talvez as melhores. Adoro música romântica, principalmente as dos anos 80 (que também são, em sua maioria, bregas). Elas têm muita qualidade em melodia, já em letra algumas delas deixam a desejar, e se você, por curiosidade for traduzir os maiores hits estrangeiros dessa época para o Português, vai notar que as letras algumas vezes não têm nada a ver, não têm coesão e não fazem o menor sentido. Concluí, já faz algum tempo, que mesmo os roqueiros são românticos, e suas músicas também. Que digam os Titãs, que ultimamente têm feito muita música boa, e melosa. Também queria comentar sobre a música "Space Dementia", do Muse. O Muse é uma banda de rock inglesa que eu descobri há uns dois anos e simplesmente fiquei viciada no som dos caras. Tem uma guitarra forte e letras muito pessoais. Nessa música em especial, destaco o verso: “You make me sick because I adore you so”. Não é muito romântico? Ou suicida? E um não está ligado ao outro? Quem mais, se não uma pessoa apaixonada, para dizer que fica doente porque adora demais a outra pessoa? Para quem quiser conhecer a banda clique aqui . E para quem quiser conhecer mais do maravilhoso poeta Fernando Pessoa clique aqui . Eu poderia ficar aqui comentando sobre poesia e sobre música, sobre o Muse ou sobre os Titãs por horas e horas a fio, por que adoro tudo isso. Eu gosto de música romântica sim, mas prefiro rock, e queria muito mesmo falar mais sobre o Muse, principalmente hoje, no dia do post da Carol, já que ela também curte o som deles, e renderia muito assunto, mas vou me conter e termninar por aqui, pedindo que vocês façam uma comparação entre alguma poesia que vocês já tenham lido e alguma música que você achem que tem um "perfil" romântico e depois me digam se não tem tudo a ver. É isso.

PS1: O Muse tem muita música boa, mas acabou ficando mais conhecido aqui no Brasil pela música que foi tema do filme "Crepúsculo" (assunto para um novo post), "Supermassive Black Holes".

PS2: Carol, espero ter correspondido às expectativas. Obrigada pelo convite.

PS3: não gosto muito de puxar a sardinha para meu lado mas... Visitem meu blog: Milonga. Valeu pessoal!


(Capa do disco: Black Holes & Revelations, do Muse, lançado em 2006)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Mar de Letras


Olá, queridos e queridas. Segunda-Feira é o dia típico da Preguiça! Imaginem quanto tempo fiquei pensando no que postar... ... ...! Enfim, depois de tanto pensar, recorri ao meu "Baú de Ideias" e encontrei um pequeno texto que escrevi há quase 1 ano. Ele representa, creio, as primeiras sensações de uma doida que escolheu cursar Letras porque gosta de escrever poemas e contos! Rs Bobinha...! Sequer imaginava que vai muito, muito, muito mesmo além disso! Bem, sem mais delongas deixo essa mensagem e meu abraço a todos.






"Mar de Letras



Começando a escrever me perco num mar de letras que só conheço no silêncio da madrugada, na solidão profunda que meu quarto propicia. Com o auxílio da música e a melancolia destilada em cada nota de sua melodia, desfruto destes longos, tranqüilos e tão intensos minutos que impedem meus olhos de fecharem-se mediante a tanta beleza noturna.

Meu barco é forte e segue adiante sem temor porque neste mar... Ah, neste mar flui amor! Puro, sem malícia... Apenas, delícia! Só nele posso mergulhar sem medo e o mais profundo que conseguir; só nele encontro a paz na calmaria das águas que almejo todos os dias. Pois é lá que despejo as mágoas, as dores, as tristezas e as frustrações de uma jornada passada, mas que ainda é viva, nítida em mim.

Possuir a chave – minha caneta – e a fechadura – meu papel – nas mãos é complexo: não se sabe bem o que virá quando tiver que abrir a porta p’ra sair da madrugada! E, talvez, nunca mais queira voltar para o “dia-a-dia sem sol” que é a vida real... Se aquele mar levasse embora as impurezas do meu coração p’ra sempre...! Pena que elas vão... e voltam, como as suas ondas.

E os sonhos?! Estão todos lá: do outro lado da porta esperando ela abrir-se e libertá-los! Estão inquietos, desesperados e aguçados para marcarem a história de uma menina estranha por natureza; menina que, tantas vezes, tentou abrir a porta, no entanto, ora a caneta estava errada, ora o papel era impróprio! Até que ela percebeu quanto tempo havia perdido com canetas bonitas e sem valor, com papéis sofisticados e nada resistentes a uma dura história de vida.

E se, um dia, ela descobrisse que todos aqueles princípios impostos na infância fossem apenas paradigmas sórdidos? Causando, no decorrer de sua vida, o abandono dos primeiros sonhos e as escolhas feitas não por querer, mas por acreditar naqueles tabus? Seria um impacto e tanto! Caminhar sobre as linhas do Livro da Vida, à procura da Sabedoria divina decorando cada letra das estrofes proferidas pelo maior Sábio de todos os tempos: Jesus, é superior a todos os demais objetivos que ela poderia ter. Beber do cálice da alegria do saber torna-la-ia completa e satisfeita, verdadeiramente.

Talvez seus sonhos estejam aprisionados porque o coração dela chora por medo de ferir-se, novamente; talvez o mar não leve suas mágoas embora porque ela as chama de volta, sempre; talvez esse mundo que ela usa para afastar-se dos problemas tenha sido criado por suas mãos, e esse mar seja constituído de lágrimas, as quais nunca secarão e nem permitirão que a porta se abra para tirar seus sonhos do cativeiro da ilusão.



M. F. Gomes

domingo, 20 de dezembro de 2009

Lágrimas de Dragão [Prólogo]


Bom o domingo é vago aqui no blog dos letreiros, o pessoal quer dar uma folgada e etc. Mas resolvi que este blog não pode parar e então passarei a postar episódios de minha nova novela que estreia hoje. Espero que apreciem e dêem um feedback do que estão achando.







Vinicius Fuscaldy
(Os Letreiros)





Lágrimas de Dragão [Prólogo]




Houve uma época em que nosso planeta era habitado por uma raça de criaturas superiores. Eles tinham uma sabedoria suprema, quase que divina. Sabiam de todas as artes, ciências e o principal, controlavam todos os caminhos da magia. Essa raça de quem eu relato, hoje apenas vive em nossos sonhos, fantasias mais remotas. Esse raça é conhecida como Dragões.
No princípio só os Dragões dominavam o mundo, eles se dividiam em doze sub-raças e delas reuniam os mais sábios de cada uma e constituíram o conselho das doze raças. Dali se decidiam o rumo das atitudes em relação ao planeta e também das relações inter-pessoais e inter-raciais. Assim viveram em harmonia durante séculos, milênios. O tempo foi se passando, novas outras raças já habitavam o planeta e uma delas chamava a atenção dos Dragões, os humanos. Eles evoluíam muito rápido, tinham um potencial enorme.e então, o conselho decidiu ensinar o que sabiam a eles.primeiro as artes, depois a ciência e por último a magia. Os humanos cresceram, evoluíram ainda mais e passaram a se proliferar pelo planeta.
Os Dragões tinham uma particularidade, com sua alta magia, conseguiam se transmutar e tomar a forma de humanos. Muitos deles se encantaram pelas humanas, por sua beleza e seus dotes e com elas geraram proles. Desse encontro surgiu uma nova raça que ficou conhecida como Draconianos. Eles eram meio homem e meio Dragão. Tinham habilidades, força e resistência física como nenhum outro ser humano e tinha também uma maior facilidade de manipular a magia.
Até chegar um ponto em que a humanidade já estava muito evoluída e os Dragões sabiamente entenderam que não eram mais úteis. Os homens já não procuravam por eles, começaram a engendrar seus jogos políticos e de guerra. E assim o conselho se reuniu pela última vez. Decidiram por tomar uma atitude extrema, deixar este mundo aos humanos, que na verdade com o passar do tempo se tornaram os donos legítimos deste planeta.
Eles decidam por hibernar num sono eterno e só voltariam se algo de catastrófico ameaçasse o mundo. Assim ,adormeceram e com eles a porção de Dragão que existia nos draconianos, os tornando seres humanos comuns.

Os séculos e milênios se passaram e o fato se tornou história, a história se tornou lenda e a lenda finalmente se tornou um mito.



Continua...


P.S: Minha outra novela está postada no Recanto das Letras : A Queda : Como Morre Um Anjo?

P.S: Amanhã não percam a estreia de Mayra Gomes aqui nos letreiros! Aguardem!

fonte foto: Wordpress

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Qualquer coisa sobre alguma coisa



Ufa! Hoje é meu dia, enfim. Estava ansiosa por começar e em dúvida sobre o que escrever. Acabei misturando dois temas de que gosto muito: Língua Portuguesa e Música Brasileira. Nas minhas andanças pela internet descobri uma figura de linguagem que eu ainda não conhecia: Paranomásia. O nome é complicado, e foi exatamente isso que me deixou curiosa: para que, afinal de contas, serve essa tal de paranomásia? O nome é complicado mas a explicação é simples. Segundo o Wikipédia: “Paranomásia consiste no emprego de palavras parônimas (com sonoridade semelhante) numa mesma frase, fenômeno que é conhecido popularmente como trocadilho.” Ta, isso é tudo muito bonito de se ler, mas eu queria mesmo era um exemplo prático, e quando digo exemplo prático, quero dizer algo concreto, conhecido, realmente utilizado por alguém, e não esses exemplos toscos de frases de pré-escola. E no próprio Wikipédia tinha uma explicação totalmente aceitável: não é que uma das minhas músicas preferidas do Caetano Veloso possui essa figura de linguagem? O nome da música é “Qualquer coisa” e a parte a que eu me refiro é esta:

“berro pelo aterro pelo desterro
berro por seu berro pelo seu erro
quero que você ganhe que você me apanhe
sou o seu bezerro gritando mamãe.”



Eu sempre gostei de música, e acho que todos os professores deveriam utilizar música em sala de aula como uma ferramenta estimulante e enriquecedora, e agora com a faculdade, tenho me sentido mais à vontade para analisar as letras das músicas que eu gosto, coisa que eu já fazia desde pequena, mesmo sem saber muito bem o que estava fazendo. E essa música do Caetano é um exemplo disso, ela faz exatamente o estilo de música que eu gosto de analisar, não a melodia em si, por que disso eu entendo muito pouco ou quase nada, e deixo as análises para o Vini, que tem o dom para a música. Eu gosto mesmo é das letras, das rimas, do jogo de palavras que ele faz. Isso só para falar de Caetano, por que eu poderia começar a falar do Arnaldo Antunes e este post não terminaria nunca. Mas vou deixar o Arnaldo para uma próxima oportunidade. O que eu realmente queria comentar é como a nossa língua é rica, e como podemos ela pode ser utilizada de forma infinita. Para mim que gosto de brincar com as palavras essa figura de linguagem caiu como uma luva. Vou estudar mais sobre ela e descobrir mais exemplos musicais interessantes, talvez um dia eu volte a comentar sobre o assunto.

PS1: tem coisa nova no meu blog: Milonga , com um pequeno toque do nosso mestre Prof. Dr. Pedro Marques, sabiamente citado no post da Cris.

PS2: Aguardemos para a próxima segunda-feira a estréia da nossa amiga Mayra.

PS3: O álbum “Qualquer Coisa” de Caetano Veloso foi lançado em 1975. E para mais informações sobre figuras de linguagem acesse Wikipedia aqui


Joana Masen

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Fazendo Tudo Sozinho


Bom, já que é para estrear, precisava falar de um assunto no qual tenho conhecimento e experiência. Escolhi falar então de uma das coisas que mais amo na vida: a música.

Particularmente escrevo música desde meus 12 anos de idade, tudo bem que naquela época elas não eram lá essas coisas, mas, sempre tive esse bichinho da composição dentro de mim. Mas não foi para falar de mim que resolvi escrever essa matéria. Vamos ao assunto.

Outro dia desses “youtubando” por aí, vi um vídeo que me chamou a atenção, um cara tocando guitarra com uma mão, teclado com a outra e baixo com o pé. Eu quase endoidei quando vi aquilo! E fui vendo mais vídeos desse cara. Ele é simplesmente genial, um músico completo, ele toca, guitarra, violão, teclado, baixo, xilofone, violino e sei lá mais o que. O garoto é fera mesmo. Esse jovem de quem falo, chama-se David Meshow, um canadense, cheio de humor e virtuosidade. Ficou famoso graças ao youtube, gravou um cd com ele tocando tudo sozinho e agora está excursionando pelo mundo divulgando seu trabalho.O cd Fait A La Main, está disponível no site do artista para download gratuito : www.davidmeshow.com . Uma iniciativa dele que também julguei interessante.

Abaixo vou postar o link de um dos vídeos que considerei mais interessante, em que ele toca diversos instrumentos e o resultado final é excelente.

Me identifiquei muito com ele, pois também faço minhas experiências sozinho e o resultado de uma delas está no www.di-fusao.com, um projeto que abracei desde julho deste ano.

Bom gente por hoje ficamos aqui, na próxima quinta aguardem mais uma postagem minha. Beijos e abraços a todos! Valeu!



Vinicius Fuscaldy



Link do Vídeo: Best Improvisation Ever 3


Fonte Foto: http://mancmusicprod.files.wordpress.com/2009/10/meshow.jpg



P.S: Amanhã não percam a estreia de Joana Masen.







terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Três Tempos

"Fui uma alegria diária
um desejo, um sentimento, uma ação.
Fui uma válvula de escape
uma aventura, intensa distração.

Hoje, sou abstinência
uma antífrase mal compreendida
Uma entrelinha, um espaço
que por entorpecentes fora substituída.

No futuro, serei o inesperado.
Talvez o presente.
Talvez o pretérito.

Amanhã,quem sabe,
serei um sorriso, um bom motivo
ao invés de dificuldades, solução!
Ou, quem sabe, serei saudade,
vaga lembrança...desilusão."

Novata e sem total experiência no 'mundo dos blogs', inicio meu primeiro post com uma enorme dúvida: O que eu vou postar?!
Pedi ajuda a minha querida e amada (idolatrada, salve! salve!) Mamãe, que como uma boa conselheira, me incentivou a publicar minha primeira poesia, para combinar com esse clima de primeira vez, etc. Pois é, recentemente descobri que podia escrever poesias para ‘aliviar’ os sentimentos e também, admito, por pura influência dos meu caros colegas de classe. O resultado aparentemente foi bom, mas acredito que com o tempo tudo há de melhorar.